Os três maiores grupos de telefonia móvel do Brasil, Tim, Vivo e Claro, formalizaram neste sábado, dia 18 de julho, uma proposta conjunta pelos ativos móveis da operadora Oi.

Embora o valor da proposta não tenha sido divulgado, a Oi estabeleceu um valor mínimo de R$ 15 bilhões para a venda de seus ativos móveis.

Conforme informou a Folha de S. Paulo, a Oi pediu recuperação judicial em 2016 e, na época, tinha uma dívida de R$ 65 milhões. Sendo assim, caso a venda se concretize, a operadora deve usar o valor embolsado para quitar as dívidas, mas também para expandir sua banda larga de fibra ótica.

Além disso, as companhias se colocaram como “stalking horse” (“primeiro proponente”), o que permitirá que elas tenham o direito de cobrir outras propostas feitas no processo competitivo de venda do negócio móvel da Oi.

A proposta conjunta inclui todos os ativos da chamada UPI de Ativos Móveis da Oi. São eles: termos de autorização de uso de radiofrequência; base de clientes do Serviço Móvel Pessoal; direito de uso de espaço em imóveis e torres; elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo; e sistemas/plataformas.

“No caso de aceitação da proposta apresentada e na hipótese de concretização da operação, cada uma das interessadas receberá uma parcela do referido negócio”, detalham as companhias em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Proposta vencedora não será, necessariamente, a de maior valor

Ainda segundo a Folha, fontes com conhecimento de caso revelaram que há uma segunda proposta pela unidade móvel da Oi. O candidato seria um investidor estratégico estrangeiro com pequena presença no Brasil.

No entanto, para determinar a empresa ou grupo que comprará os ativos, a Oi não irá considerar apenas o valor oferecido. Isso porque a companhia também levará em conta qual grupo poderá garantir a aprovação dos órgãos reguladores para o negócio de forma mais rápida.

No comunicado à CVM, Vivo, Tim e Claro enfatizaram que, se concretizada, a transação agregará valor para seus acionistas e clientes, “através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço”.

Além disso, segundo as candidatas, a aquisição contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro.

Foco da Oi será infraestrutura fixa

O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, disse a representantes do governo e da Anatel que a empresa pretende se tornar uma grande fornecedora de infraestrutura fixa, incluindo rede e serviços, para os concorrentes de todo o país, especialmente no que diz respeito a instalação de redes de 5G.